Kindle sobre a madeira

Pequeno e profundo, “Ego transformado” do pastor e escritor Timothy Keller é um daqueles livros essenciais para a vida. Este poderoso e crucial livrinho nos exorta a analisarmos, intrinsecamente, o ego, á luz do evangelho, com os seguintes temas: A liberdade resultante do autoesquecimento, a condição natural do ego humano, a visão transformada do eu e como alcançar uma visão transformada 


Livro Ego transformado
Sinopse: Quais são as marcas de um coração sobrenaturalmente transformado? Essa é uma das questões sobre as quais o apóstolo Paulo trata quando escreve à igreja de Corinto. O interesse real dele não é algum tipo de reparo ou remendo; antes, uma mudança profunda, capaz de transformar a existência. Numa era em que agradar as pessoas, insuflar o ego e montar o curriculum vitae são vistos como os meios para chegar lá, o apóstolo nos chama a encontrar o verdadeiro descanso na bênção que é nos esquecermos de nós mesmos. Neste livro breve e contundente, Timothy Keller mostra que a humildade que brota do evangelho torna possível pararmos de vincular cada experiência e cada conversa com a nossa história e com quem somos. E assim podemos ficar libertos da autocondenação. Quem é realmente humilde segundo o evangelho não se odeia, mas também não se ama... é, antes, alguém que esquece de si mesmo. Você também pode conquistar essa liberdade...

Título: Ego transformado | Autor: Timothy Keller| Editora: Vida Nova (1ª Ed. 2014) | Páginas: 48 |Gênero: Literatura Cristã | Classificação: ⭐⭐⭐⭐⭐


Tomando como base a Primeira carta de Paulo aos  Coríntios (3.21 – 4.7), Keller inicia com dois questionamentos incisivos: “Quais são as marcas de um coração radicalmente transformado pela graça de Deus?” e “Se confiamos em Cristo, como deve ser o nosso coração?”. Fazendo uma explanação sobre autovalorização do eu, que juntamente com o orgulho são causas de divisões e motivo da falta de paz no mundo e de intrigas entre as pessoas. 


Outras Resenhas de livros edificantes:


Para explicar o ensinamento de Paulo, Keller aponta quatro verdades sobre a condição natural do ego humano como sendo: vazio, doloroso, atarefado e ágil. Fazendo uma breve e contundente explanação sobre cada uma, utilizando-se da imagem de um órgão humano distendido, para ilustrar sua abordagem.  Avaliando a condição do ego, que vive chamando a atenção para si e nunca está satisfeito, o autor cita alguns trechos do livro, “Cristianismo puro e simples” de C. S. Lewis, sobre o orgulho que tem como satisfação, não possuir algo, mas possuir mais que os outros, não em ser bom, mas em ser melhor que os outros.


O ego busca algo que lhe dê senso de valor, de singularidade e de propósito, e nisso ele se apoia.

[...]

 O ego vive chamando a atenção para si mesmo — e isso todos os dias. [...] O ego nunca se sente feliz.


A autoestima super elevada e o orgulho fazem o ego inflar, sendo uma das causas pelas quais,  a pessoa sente-se em um tribunal, tendo seu “eu” julgado todos os dias por si mesmo, pois necessita ser sempre melhor do que foi ontem, nunca se satisfazendo. No entanto, o evangelho de Jesus, está sempre a nossa disposição para nos livrarmos desse tribunal, porém, temos a tendência de, mesmo crendo e buscando a Deus para que sejamos transformados, às vezes, retornamos ao ponto  de superenaltecer o ego. Por isso, precisamos reviver o evangelho todos os dias


Que livrinho edificante! Confesso, que não gosto de livros com poucas páginas, por isso, demorei tanto para ler esse, porém, fui surpreendida com seu construtivo conteúdo, possui uma narrativa simples e pertinente, além de nos conduzir a uma autoavaliação, sobre os temas tratados, no decorrer da leitura. Sem sobra de dúvidas, “Ego transformado” é um livro para ser relido por várias vezes. Fica a dica de leitura rápida, extremamente reflexiva e profunda.


Citações do livro Ego transformado

Orgulho espiritual é a ilusão de que temos competência, sem Deus, para conduzir a vida, desenvolver nosso próprio senso de valor pessoal e descobrir um propósito grande o bastante para dar sentido à vida.


Na tentativa de preencher o vazio e lidar com seu desconforto, o ego vive se comparando com outras pessoas. E faz isso o tempo todo.


[...] assim como é vazio, dolorido e atarefado, o ego também é frágil. Isso acontece porque qualquer coisa superinflada corre perigo iminente de estourar: é como uma bexiga que alguém soprou demais e a deixou muito cheia.


A pessoa verdadeiramente humilde não é aquela que se odeia ou se ama, e sim a que tem a humildade do evangelho.


Quem tem o ego satisfeito e não inflado não se deixa abater pelas crítica.


Quanto mais compreendemos o evangelho, maior é nosso desejo de mudar.


[...] o bendito autoesquecimento; é a humildade do evangelho. É não pensar em mim mesmo como se fosse mais do que sou, como nas culturas modernas, nem pensar em mim mesmo como se fosse menos do que sou, como nas culturas tradicionais. É simplesmente pensar menos em mim mesmo.


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