Livro prisioneiros da mente sobre a mesa

Quais são seus cárceres mentais? 

Essa será uma reflexão que você fará ao ler Prisioneiros da mente, de Augusto Cury. O livro conduz para o amplo campo mental, instigando o autoconhecimento psíquico e social. Os temas abordados são atuais e relevantes, o ego elevado, as mídias sociais, a busca exagerada por status, são cárceres mentais que corroem a humanidade, ao ponto de torná-los prisioneiros de suas próprias mentes. Em sua entrevista de lançamento do livro, Cury disse: “Estamos na era dos escravos emocionais, não são escravos presos por algemas de ferro, mas escravos presos pelos conflitos, pelos traumas, ou seja, pelas masmorras psíquicas.” 

Capa divulgação do livro prisioneiros da mente
E se você fosse um prisioneiro em sua própria mente?

Theo Fester é um inteligente e poderoso magnata do Vale do Silício, empresário mundialmente conhecido e pai de três filhos orgulhosos, frios e bem-sucedidos – mas sua história inicial foi dramática. Filho de um sobrevivente do Holocausto, ele começou a empreender para sobreviver à dor de seu pai, à pobreza e ao bullying na infância, tornando-se especialista em se reinventar. Conseguiu se tornar um dos homens mais ricos do mundo. Tanta riqueza e poder, porém, não conseguem esconder a verdade: a família Fester está falida, saturada de lutas internas e disputas irracionais. Prisioneiros da mente é mais um romance intenso e estimulante do dr. Augusto Cury que o leitor não vai esquecer tão cedo. Prepare-se para conhecer seus próprios cárceres mentais.


Os protagonistas da história são Theo Fester, um megaempresário do Vale do Silício, inteligentíssimo, perspicaz, com aversão a pessoas inseguras e desprovidas de habilidades aguçadas,  pois para ele “Quem vence sem riscos triunfa sem glórias” e seus três filhos, todos profissionalmente bem sucedidos: Peterson é um empresário do setor bancário, Brenda gerencia uma cadeia de lojas de moda e Calebe um investidor em startups. O magnata Fester teve uma infância simples de muitas privações, sofria bullying por ser filho de judeu e pobre, mas aprendeu com o pai, um sobrevivente dos Campos de concentração nazista, a arte de se reinventar e nunca permitir que as circunstâncias ofuscassem seus sonhos e o fizesse desistir, e ele nunca desistiu. Theo tornou-se um bilionário admirável por todos e mundialmente conhecido, generoso deu oportunidade a todos que os feriram, dizia que: “A maior vingança contra o inimigo é perdoá-lo, e a melhor forma de perdoá-lo é empregando-o”. Um megaempresário de sucesso, porém sua família é um total fracasso, seus filhos são presidiários de suas próprias mentes,  são arrogantes, preconceituosos, inescrupulosos, desprovidos de piedade e compaixão, seus maiores orgulhos são dinheiro, carreira e status.


Vivemos em uma sociedade totalmente absorvida pelas mídias sociais na ânsia por status elevado, um mundo em que os conceitos da convivência do ambiente familiar tornou-se arcaico, e está na mais completa estagnação. Pessoas encarceradas pelo seu próprio ego, vivendo de uma aparência explícita, que não condiz com a verdadeira realidade interior. Assim é a família de Fester milionário e mendigo enclausurados na mesma mente. Mas, há uma saída para libertar a mente, o psiquiatra Marco Polo, em seu projeto prisioneiros da mente, quer desvendar os mistérios desse cárcere, para enfim libertá-las. E nesta perspectiva de salvar seus filhos, que Theo Fester decide testar o projeto neles. Seus três filhos são levados a ultrapassar seus próprios limites, passado por situações inimagináveis, levados a viver a vida do outro, para que possam se tornar humanos.

 

 São temas úteis para uma reflexão, porém a forma de testar os filhos, são pontos exagerados, o qual um pai que ama não teria coragem de fazê-lo da forma que foi abordado, assistindo os acontecimentos e ignorar a situação, o amor incondicional jamais deixaria um filho em perigo por pior que ele seja.

 

A primeira parte do livro suscita uma mensagem de ressignificação, o se reinventar após o fracasso para continuar persistindo até cruzar a linha de chegada. Prisioneiros  da mente incita a reavaliação do seu próprio eu, afinal somos todos prisioneiros de algum tipo de emoção ainda que não identificada ou não aceita, que nos leva a vivermos cativos, mesmo sendo livres.  São traumas, fobias, estresses, ansiedades, vícios, preconceitos, enfim, emoções que dilaceram a mente ao ponto de encadeá-la. Um livro indicado a todos aqueles que sentem-se aprisionados dentro de suas próprias mentes. Voltando a indagação do início, reflita: Qual seu cárcere mental? O que está aprisionado sua mente? 


Título: Prisioneiros da mente: Os cárceres mentais 

Autor: Augusto Cury 

Editora: Harper Collins Brasil (1ª Ed. 11/2018)

Páginas: 320

Gênero: Ficção psicológico / Romance

Classificação:⭐⭐⭐⭐⭐ 


 Trechos Prisioneiros da mente

Trecho do livro prisioneiros da mente

Quem vence sem riscos triunfa sem glória. (p. 5)

A maior vingança contra um inimigo é levá-lo a trabalhar para você. (p. 6)

Está se vingando de nós, Theo Fester?

 – Não. [...] A maior vingança contra o inimigo é perdoá-lo, e a melhor forma de perdoá-lo é empregando-o. (p. 9-10)

Somos uma sociedade de prisioneiros. [...] Uns estão encarcerados em presídios de ferro, outros, em presídios mentais. Há até mesmo prisioneiros milionários que estão mentalmente confinados em seus palácios.(p. 18)

Muitos tem belos jardins, mas quem desfruta da beleza das flores são seus jardineiros. Os humanos estão loucos! (p. 28)

No cérebro humano há mais presídios do que nas cidades mais violentas do mundo. (p. 32)

Se você levanta, trabalha, reclama e faz tudo do mesmo jeito, você é um escravo!

 – Escravo? Escravo de quê, senhor?

– Da mesmice, da rotina, do medo de pensar diferente. (p. 36)

Quem vence sem riscos sobe no pódio sem méritos . [...] É melhor falhar por tentar do que falhar por omitir. (p. 38)
Sou um homem cru, real, sem máscaras ou maquiagem. Falo o que penso. Se as pessoas fossem transparentes com eu, o mundo seria melhor. (p. 38)


O dinheiro mal usado pode empobrecer o ser humano no único lugar que é inadmissível ser pobre: dentro de si mesmo. (p. 44)

Quero que meus filhos sejam sucessores e não herdeiros. Quero que meus filhos me amem pelo que sou e não pelo que tenho. [...] Se perder meus filhos serei o mais pobre dos homens. (p. 45)

Você pode tirar um ser humano do campo de concentração, mas não tira o campo de concentração de dentro do ser humano. (p. 47)

Podem me derrubar, mas eu vou me levantar. Podem me tirar a comida, mas eu sobreviverem. Nada nem ninguém vai me matar, pois eu sou um espermatozoide vencedor! (p. 52)

Não seja mole, fraco nem inseguro. Podem cuspir em seu rosto, te humilhar e espancar, mas nunca desista da vida. Vencer é saber sobreviver! (p. 53)

Os conformista fazem o que todos fazem,  os empreendedores medíocres fazem algo diferente, mas o empreendedores brilhantes praticam.acoes inovadoras, revolucionárias. (p. 65)

Um líder que não seja medíocre  primeiro lidera a si mesmo para depois liderar o mundo a sua volta. (p. 73)

Não precisamos de celebridades na sociedade, mas de pessoas que sejam apaixonadas pela humanidade e ajudem a formar mentes livres e emocionalmente saudáveis. (p. 94)

Pior do que morrer é estar morto enquanto se vive.  (p. 95)

O dinheiro não traz felicidade,  mas a falta dele quase garante  a infelicidade. (p. 227)

Somente se houver uma generosidade extrema  é possível dividir o pouco que se tem com os que nada tem. (p. 237)

O mal dos espertos é achar que todos são tolos. (p. 255)

Quem não consegue se colocar no lugar do outro e perceber suas dores não é digno de ser um líder social nem de ser chamado de humano. (p. 262)

O dinheiro mal usado empobrece tanto quanto a falta dele. (p. 280)

O sucesso do outro me causa inveja, mas a miséria do outro me consola. (p. 282)

Não há atores ideias no teatro da humanidade. Somos todos falhos, tolos, estúpidos, arrogantes, tão falsos humilde que temos orgulho de nossa humildade. (p. 300)

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